26 de março de 2009



Sérgio Godinho - Lisboa que Amanhece

Estão 22ºC, as temperaturas sobem e com elas a vontade de noites de esplanadas e imperial.
Lisboa aguarda ansiosa pelo apagar das luzes e pelo silêncio dos corpos que passam e se vestem de boémia.
Pratos e copos batem uns contra os outros, a corrida vagarosa das noites da cidade, os sorrisos escondidos por trás dos bocejos dos dias mal vividos e as conversas de um tempo que não se deixa dormir.
Ouvem-se estas vozes, estes apelos por uma atenção vizinha e com os gestos procuram-se na multidão.
São as noites de Lisboa, noites de 22ºC, de temperaturas altas e sabores a imperial.

Sara Almeida

23 de março de 2009

Portugal

Na esquina da cidade dorme um mendigo e por ele passam várias pessoas olhando-o enojadas e perdidas nas suas indiferenças.
A chuva cai lá fora, à janela a roupa estendida voa e uma mulher grita para a vizinha: “Oh filha, o S.Pedro hoje está furioso!”
O cheiro a peixe sobrevoa os ares e nos cafés os velhos senhores da mini e do bagaço olham as ruas povoadas por corpos sem destino.
Uma mulher senta-se na areia e olha o mar com as saudades do que ainda não viveu.
Ao fundo ouve-se a voz da fadista que apregoa aos sete ventos a vida que já passou.
Tristes são os olhos dos poetas que perdidos neste país não se querem mostrar e tristes são os que se mostram e nada têm.
Um casal espera o primeiro filho, uma mãe grita com outro e o marido já cansado procura outro corpo fora de casa.
As mentiras são parte de um país que se finge triste e o pecado esconde-se por baixo de cada cama.
Somos doentes, doentes de espírito, doentes em desejos que não alcançamos, doentes porque um dia o mundo nos foi prometido.

Sara Almeida

19 de março de 2009

Hoje queria contar uma história mas só consigo lembrar-me de pequenas ficções baseadas nas histórias falsas de homens e mulheres que não existem.
A história poderia começar com um simples "era uma vez..." mas vou começar por dizer que tudo o que eu conto aqui hoje é puro, verdadeiro e faz sentido.
Presunçosa! - poderiam agora chamar-me.
Prefiro intitular-me como criadora insana de histórias verdadeiramente falseadas.

Esta história começa num bar e existem duas personagens que tentam manter uma conversa mesmo com o barulho ensurdecedor da música rock de fundo e das ambulâncias que passam na rua.
Temos um homem na casa dos 30, talvez alto - não se percebe bem, a luz é nocturna e os contornos dos seus corpos são pouco nítidos. E temos uma mulher jovem na casa dos 20.
Estão sentados e a conversa parece agradável apesar do bate pé inquietante da jovem mulher.
Ele fala e gesticula enquanto pega no copo de vinho deixado pelo barman.
Ela ri-se, mexe no cabelo e penteia-o para trás e seguidamente encosta-se um pouco à cadeira.


Histórias iniciadas com estes enredos estamos todos habituados a ver, ouvir e ler por isso o final deste excerto das minhas ficções verdadeiramente clichés fica ao critério do leitor.
A história que hoje tinha para contar poder-se-á resumir a este corpo que me prende que me lembra sempre a minha mortalidade. (This body holding me reminds me of my own mortality. Tool - Parabola)

16 de março de 2009



Alfred Hitchcock

O Mestre do Suspense que aqui demonstra com grande perspicácia a cura para a insónia.

10 de março de 2009



Loreena Mckennitt

Uma das minhas compositoras favoritas.

www.quinlanroad.com

8 de março de 2009



Toumani Diabate

Um dos grandes músicos ainda vivos do Mali que toca Kora (uma arpa de 21 cordas da África Ocidental).

Descobri este senhor e fiquei rendida à sua música.

Biografia: http://www.musicianguide.com/biographies/1608004642/Toumani-Diabate.html

4 de março de 2009



Joan Baez - It ain't me, babe! (by Bob Dylan)

Conhecida não só pelas suas músicas como também pelo seu contributo social activo nos EUA a partir dos anos 60.
Deixo aqui parte da sua biografia por pensar que ainda existem pessoas que marcam a diferença e que através da música ou da arte todos nós conseguimos marcar a diferença na vida de outros.
Deveríamos deixar de pensar tanto em nós muitas vezes e pensar que alguém ou algo precisa do nosso poder para viver.

Biografia:
The 1960s were a turbulent time in American history, and Joan Baez often used her music to express her social and political views. Her self-titled first album was released in 1960 and not long after its release she met the then-unknown singer-songwriter Bob Dylan.

In the early to mid-1960s, Joan Baez became an established folk artist as well as a voice for social change. She sang “We Shall Overcome” at the March on Washington in 1963 organized by Dr. Martin Luther King, Jr. In addition to supporting civil rights, Baez also participated in the antiwar movement, calling for an end to the conflict in Vietnam. Beginning in 1964, she would refuse to pay part of her taxes to protest U.S. military spending for a decade. Baez was also arrested twice in 1967 in Oakland, California, for blocking an armed forces induction center. Near the decade’s end, her autobiography, Daybreak (1968), was released.

Baez continued to be active politically and musically in the 1970s. She helped establish the west coast branch of Amnesty International, a human rights organization, and released numerous albums, including the critically acclaimed Diamonds and Rust (1975). In addition to touring, she also performed at many benefits and fund-raisers for social and political causes around the world.

Her most recent studio album was 2003’s Dark Chords on a Big Guitar. She followed up with a collection of live tracks in 2005 on Bowery Songs, which featured songs by Bob Dylan and Woody Guthrie as well as some traditional folk songs.

Once married to David Harris, Joan Baez has a son named Gabriel from that union. She lives in California and continues to speak out for causes that are important to her.

(http://www.biography.com/search/article.do?id=9195061)

3 de março de 2009



"Mike Patton has announced that Faith No More will be reuniting for a European summer tour"

Será que passam por Portugal?!
Se assim for estarei lá, faça chuva ou faça sol!