Muitas são as cartas que já te escrevi.
Já pensei, um dia, em talvez as compilar e publicar um livro.
Talvez se chame Fuga (hmmm... tão cliché!). Nós somos essa fuga, somos esse desejo que não se consome e que guardamos nos agradáveis silêncios que tantas vezes passamos.
Não pretendo escrever-te mais.
Esta carta é só mais uma, entre as folhas de papel que guardo nos cadernos que designei para ti.
São tantos os dias que passo à tua procura.
Corro depressa, ando devagar e, muitas vezes, sento-me no chão, cansada, com o coração a um compasso de espera.
Daqui a 20 anos telefonar-te-ei, serei a mulher que procurarás pois eu não mais te procurarei.
Sara Almeida
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